Está a tornar-se difícil gerir as escolas. E isto porque há uma avalanche de diplomas que chegam diariamente, de tarefas a realizar, de burocracia a cumprir com prazos estabelecidos, de colegas desmotivados e cansados, de alunos indisciplinados, de pais que pouco se interessam com os filhos.
Hoje, muitas escolas oferecem o Ensino Regular, Cursos de Educação e Formação, Cursos Profissionais, Ensino Recorrente, cursos de Educação e Formação de Adultos, Centros Novas Oportunidades. Há ainda os exames a nível de escola, testes intermédios a nível nacional, o novo estatuto do aluno, a avaliação do pessoal não docente, reuniões e mais reuniões. Acrescento as candidaturas financeiras a muitos daqueles cursos, com contabilidade própria. A actualização constante de Projectos Educativos, de Regulamentos Internos, de Planos Anuais de Actividade e de muitos outros regulamentos. Alguns deles terão de ser actualizados por causa da avaliação de desempenho dos professores, e, posteriormente, aquando da publicação do diploma sobre a nova gestão das escolas. Leccionar e realizar todo este trabalho, é cansativo, é penoso, é frustrante e até desumano, na medida em que muitos desses documentos se alteram com a ideia de que daqui a uns meses teremos que o fazer novamente. Muitas vezes, temos que trabalhar no escuro, por falta de diplomas, que regulamentem situações ainda por esclarecer, como é o caso do trabalho a realizar no âmbito da avaliação de desempenho do pessoal docente.