O Fojo

Chaves, Trás-os-Montes, Portugal
Beirão de nascimento, trasmontano por adopção. Nasci em Ferreirim de Sernancelhe, distrito de Viseu, onde fiz a escola primária. Fiz os estudos secundários no Liceu Latino Coelho, em Lamego. A partir de 1972, iniciei estudos na Faculdade de Direito de Coimbra. Em 1978, enquanto estudante, leccionei na Escola Secundária António Inácio da Cruz, em Grândola. Em 1981 leccionei na Escola Secundária de Santiago do Cacém, depois, novamente em Grândola, e em 82/83 na Escola Secundária Dr. Júlio Martins, em Chaves. Em 1985 realizei estágio no 7.º Grupo, em Vila Pouca de Aguiar. Em 1990 regressei a Chaves, desta feita para ingressar no quadro do pessoal docente da Escola Secundária Fernão de Magalhães. Em 2005, Curso de Especialização Pós-Licenciatura em Administração Escolar e Educacional pelo IPB. Em 2011, Curso de Formação em Gestão e Administração Escolar pelo ISEG.

Porquê "O Fojo"?

Chama-se Fojo, como poderia chamar-se Pombal, Cipreste, Gode, Praça, Arrabalde, Tanque, Liberdade, (...). Como poderia chamar-se "A Minha Aldeia". Porque quero que a minha aldeia continue a ser o meu microcosmos, donde visualizo o mundo que fui calcorreando, por vezes de um modo calmo e sereno, outras vezes aos trambolhões e de um modo turbulento.
E é bom que assim seja, para não nos perdermos e continuarmos a ser coerentes com as nossas raízes.
O Fojo não é uma toca, não é um esconderijo. É antes uma interioridade. Talvez um refúgio para onde me posso retirar e reencontrar no íntimo do meu ser, de modo a abandonar o que não me pertence e o que se me agarra de uma forma estranha e por vezes doentia.
O Fojo é, no fundo, a minha aldeia com as suas gentes, a sua religiosidade, os seus costumes ancestrais, os seus vinhedos, os seus olivais, o seu granito, o seu húmus, (...). Representa também todos os locais por onde passei, todas as pessoas que conheci, todas as vivências que interiorizei, a partir desse microcosmos.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

domingo, 30 de dezembro de 2007

Coimbra



Da parte da manhã, visita à Casa Museu Miguel Torga. Só a vi por fora.
O horário, afixado no portão, indica que só pode ser visitada das segundas aos sábados, das 14.00 às 18.00 horas.
Fica para a próxima.



***


De tarde, Call Girl, de Antóno-Pedro Vasconcelos. Trata-se de um bom filme, com bons actores e com uma história muito interessante.

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À noite, leitura de "viajar com... João de Araújo Correia", escritor nascido no dia 1 de Janeiro de 1899 em Canelas do Douro, concelho de Peso da Régua. Morre a 31 de Dezembro de 1985. Exerceu a profissão de médico, e escrevia "nas pausas do atendimento dos doentes". A Régua, o Douro e as suas gentes são o móbil da sua escrita.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Coimbra

Milhentas vivências vividas na Universidade, na Praça da República, no Café Moçambique, no Pigalle, na Biblioteca Geral da UC, no Teatro Gil Vicente, na Baixa, ...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Morte de Benazir Bhutto

Benazir Bhutto foi assassinada. Não acreditava que fosse morta por muçulmanos.
A convivência, por vezes, é difícil, independentemente da casta a que se pertence ou da religião que se professa.
Sempre admirei as pessoas que dão a vida por convicções.

Projecto sobre a gestão das escolas

Está para consulta pública o projecto sobre a gestão das escolas.

É muito discutível a diminuição dos representantes dos professores no Conselho Geral; a impossibilidade de o presidente do Conselho Geral não poder ser professor da escola; a forte representação das autarquias, essencialmente nas escolas secundárias, onde não têm nenhumas competências ao nível de recursos físicos e humanos; a concentração de poderes no director da escola; a nomeação dos coordenadores dos departamentos por parte do director.


terça-feira, 25 de dezembro de 2007

A Soma dos Dias

Missa do Galo. Costuma-se dizer que o Natal já não é o que era. A sociedade de consumo absorve grande parte dos valores a ele associado.

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Estou a terminar "A Soma dos Dias" de Isabel Allende. É um livro de memórias dedicado "Aos membros da minha tribo, que permitiram que contasse as suas vidas". A autora conta-nos a sua relação com o marido Willie, a sua força e valentia frente às adversidades, as suas viagens e as relações com os familiares e amigos. Muito amor, muita luta, muita narrativa, muita escrita.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Dia de Consoada em Chaves


Recordo a aldeia, a meninice, a perda de familiares.
O Natal é nostalgia e saudade.
Mas..., acordo e caio na realidade: uma nova família e um novo ambiente.
O Natal também é alegria e uma esperança renovada.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Penedono

Não pude deixar de ler novamente estes versos de Camões, expostos na Estalagem de Penedono, referentes aos Doze de Inglaterra e ao "Magriço" (Álvaro Gonçalves Coutinho, natural desta vila) - (episódio histórico ocorrido cerca de 1390).

60
"Já num sublime e público teatro
Se assenta o Rei Inglês com toda a corte.
Estavam três e três e quatro e quatro,
Bem como a cada qual coubera em sorte;
Não são vistos do Sol, do Tejo ao Batro,
De força, esforço e de ânimo mais forte,
Outros doze sair, como os Ingleses,
No campo, contra os onze Portugueses.

61
Mastigam os cavalos, escumando,
Os áureos freios com feroz semblante;
Estava o Sol nas armas rutilando
Como em cristal ou rígido diamante;
Mas enxerga-se, num e noutro bando
Partido desigual e dissonante
Dos onze contra os doze, quando a gente
Começa a alvoroçar-se geralmente.

62
Viram todos o rosto aonde havia
A causa principal do reboliço:
Eis entra um cavaleiro, que trazia
Armas, cavalo, ao bélico serviço;
Ao Rei e às damas fala, e logo se ia
Para os onze, que este era o grão Magriço.
Abraça os companheiros, como amigos,
A quem não falta, certo nos perigos.

63
A dama, como ouviu que este era aquele
Que vinha a defender seu nome e fama,
Se alegra, e veste ali do animal de Hele,
Que a gente bruta mais que virtude ama.
Já dão sinal, e o som da tuba impele
Os belicosos ânimos, que inflama;
Picam de esporas, largam rédeas logo,
Abaixam lanças, fere a terra fogo.

64
Dos cavalos o estrépito parece
Que faz que o chão debaixo todo treme;
O coração, no peito que estremece
De quem os olha, se alvoroça e teme.
Qual do cavalo voa, que não desce;
Qual, co cavalo em terra dando, geme;
Qual vermelhas as armas faz de brancas;
Qual cos penachos do elmo açouta as ancas.

65
Algum dali tomou perpétuo sono
E fez da vida ao fim breve intervalo;
Correndo algum cavalo vai sem dono,
E noutra parte o dono sem cavalo.
Cai a soberba Inglesa de seu trono,
Que dois ou três já fora vão do valo.
Os que de espada vêm fazer batalha,
Mais acham já que arnês, escudo e malha.

66
Gastar palavras em contar extremos
De golpes feros, cruas estocadas,
É desses gastadores, que sabemos,
Maus do tempo, com fábulas sonhadas.
Basta, por fim do caso, que entendemos
Que com finezas altas e afamadas,
Com os nossos fica a palma da vitória,
E as damas vencedoras, e com glória.

67
Recolhe o Duque os doze vencedores
Nos seus paços, com festas e alegria;
Cozinheiros ocupa e caçadores,
Das damas a fermosa companhia,
Que querem dar aos seus libertadores
Banquetes mil, cada hora e cada dia,
Enquanto se detêm em Inglaterra,
Até tornar à doce e cara terra.

68
Mas dizem que, contudo, o grão Magriço,
Desejoso de ver as cousas grandes,
Lá se deixou ficar, onde um serviço
Notável à Condessa fez de Frandes;
E, como quem não era já noviço
Em todo o trance, onde tu, Marte, mandes,
Um Francês mata em campo, que o destino
Lá teve de Torcato e de Corvino"

Luís de Camões, OS LUSÍADAS, Canto VI, 60-68

Chaves - Sedielos - Ferreirim

Funeral de um familiar que se encontrava acamado há cerca de dez anos. Assinalo aqui o trabalho hercúleo da esposa que o apoiou durante todo este tempo.

Na ida para a aldeia, fiz um desvio para conhecer Sedielos, a escola de Sobre a Fonte e Mesão Frio. Não conhecia a parte Oeste do concelho de Peso da Régua. A paisagem com os seus vinhedos, os seus socalcos e o rio Douro continuam a deslumbrar-nos. Também é visível parte do maciço granítico da serra do Marão.

(Frustração no fim da viagem. Como a máquina digital estava avariada adquiri uma descartável - resultado: cerca de 25 fotografias péssimas).

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A Iniciativa Novas Oportunidades

(Fonte: Imagens Google)

Alguns vêem a árvore e não vêem a floresta. Outros vêem a floresta, mas não conhecem as árvores que a compõem.
Vem isto a propósito de um artigo publicado no dia 21 de Dezembro de 2007, no Notícias de Chaves, intitulado "Somos um país do faz de conta ..."
A dado passo, o autor do artigo escreve que o actual Governo diplomou "em semanas, ou meses, milhares de cidadãos, com certificados oficiais que equiparam ao 9.º ou ao 12.º anos, titulares que a outros cidadãos exigiram muitos anos de canseiras, de sacrifícios, de encargos" e que se cometem "verdadeiros atentados «ao saber de experiência feito»".
Conforme há bons e maus jornalistas, também há boas e más Novas Oprtunidades.
Conheçam-se as árvores e as florestas, e respeite-se o trabalho e a seriedade de cada um.

NATAL

A abstracção não precisa de mãe nem pai
nem tão pouco de tão tolo infante

mas o natal de minha mãe é ainda o meu natal
com restos de Beira Alta

ano após ano via surgir figura nova nesse
presépio de vaca burro banda de música

ribeiro com patos farrapos de algodão muito
musgo percorrido por ovelhas e pastores

multidão de gente judaizante estremenha pela
mão de meu pai descendo de montes contando

moedas azenhas movendo água levada pela estrela
de Belém

um galo bate as asas um frade está de acordo
com a nossa circuncisão galinhas debicam milho

de mistura com um porco a que minha avó juntava
sempre um gato para dar sorte era preto

assim íamos todos naquela figuração animada
até ao dia de Reis aí estão

um de joelhos outro em pé
e o rei preto vinha sentado no

camelo. Era o mais bonito.
depois eram filhoses o acordar de prenda no

sapato tudo tão real como o abrir das lojas no dia
de feira

e eu ia ao Sanguinhal visitar a minha prima que
tinha um cavalo debaixo do quarto

subindo de vales descendo de montes
acompanhando a banda do carvalhal com ferrinhos

e roucas trompas o meu Natal é ainda o Natal de
minha mãe com uns restos de canela e Beira Alta.


João Miguel Fernandes Jorge, Actus Tragicus
Lisboa, Editorial Presença, 1979

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Eurocidade Chaves-Verín

(Fonte: Imagens Google)

Apresentação do projecto Eurocidade Chaves-Verín.
Segundo as autoridades presentes, trata-se de uma ideia, de uma cooperação de vizinhança, de um programa transfronteiriço com possibilidade de candidatura a fundos comunitários.
Talvez ajude a combater a desertificação desta região do Alto Tâmega.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Marcel Proust

(Fonte: Imagens Google)


Escreveu Proust: “quando, todavia, um ser é mal constituído (e, na natureza, tal ser é sem dúvida o homem) que não possa amar sem sofrer, e só na dor aprenda a verdade, torna-se-lhe fatigante a vida. Os anos felizes são anos perdidos, espera-se um desgosto para trabalhar. A ideia de sofrimento prévio associa-se à do labor, teme-se toda a obra nova, pensando nas agruras que será mister suportar antes de concebe-la. E como se compreende que o sofrimento é ainda o que de melhor se encontra na vida, chega-se a pensar sem medo, quase como numa libertação, na morte”.

O Passado e o Futuro

Disse George Burns, comediante norte-americano. "Olha para o futuro - é lá que vais passar o resto da tua vida." (in Público de 12/12/07).
Porque será que ando sempre a olhar para o passado?

sábado, 8 de dezembro de 2007

O fracasso do ensino profissional

Segundo o Expresso de hoje, o professor Domingos Cardoso, reformado, escreveu ao Presidente da República, referindo que os Cursos de Educação e Formação "são uma mentira"; que "é preciso que o país saiba que tipo de filhos estão as famílias portuguesas a criar e que os professores estão cansados, desanimados, desautorizados e com vontade de arranjar outra ocupação"; que a sala de aula é "uma extensão do recreio", onde os alunos aparecem sem trazer uma esferográfica ou uma folha de papel; que "trazem o boné, o telemóvel, os «headphones» e uma vontade incrível de não aprender nem deixar aprender.
O que me surpreendeu foi o autor da carta dizer que "de perto de 500 «mails», chamadas telefónicas e mensagens de telemóvel" que recebeu, ficou com a informação de que esta situação é geral.
Será mesmo? Ou serão casos isolados?

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Leituras

Leio "Os Meus 35 Anos com Salazar" de Maria da Conceição de Melo Rita e Joaquim Vieira, que nos dá uma visão "caseira e humana" de Salazar.
Hoje, leio no Público uma reportagem sobre o assassinato do médico António Ferreira Soares, "O médico dos pobres, como era tratado por não cobrar pela consulta e dar dinheiro para os medicamentos", que sucumbiu às mãos da PVDE (Polícia de Vigilância e Defesa do Estado) na manhã de 4 de Julho de 1942.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Memórias de Natal

Igreja de Ferreirim
( Fonte: Imagens Google )
Escreveu Isabel Allende em Paula que " A escrita é uma longa introspecção, é uma viagem até às cavernas mais obscuras da consciência, uma lenta meditação. Escrevo às apalpadelas no silêncio e pelo caminho descubro partículas de verdade, pequenos cristais que cabem na palma da mão e justificam a minha passagem por este mundo".
Vem esta citação a propósito das nossas memórias. Memória significa reproduzir ideias e imagens; recordar, lembrar. E, quando recordamos o Natal, fazemos uma introspecção, procuramos partículas do nosso passado, pequenas peças que fazem parte de um puzzle, que justificam a nossa passagem por este mundo, como refere a autora do romance Paula.
As imagens, nesta quadra, reproduzem-se em catadupa; aos solavancos; em espiral; umas vezes ordenadas, outras vezes desordenadas; umas vezes nostálgicas, outras vezes alegres e felizes; umas vezes claras e lúcidas, outras vezes opacas e obscuras.
Na aldeia onde fui nado e baptizado e me criei são e escorreito - parafraseando Aquilino Ribeiro - aconteceram muitas vivências, que recordo sempre com muito agrado: o acreditar no Pai Natal; as nozes e os confeites (às vezes eram uns escudos) que ia procurar de madrugada à bota que deixava na chaminé, e que mais tarde vim a saber que esse "milagre" era obra dos meus pais; as grandes nevadas (antigamente não havia Natal sem neve); o sincelo agarrado aos ramos das árvores; a procura de musgo para contribuir para a feitura do Presépio da Igreja; as filhós estaladiças com o açúcar cristalizado das geadas; as couves tronchudas que ia buscar ao campo para serem cozidas e comidas com o bacalhau na ceia de Natal; a reunião familiar na noite de consoada; o jogo do rapa; o jogo do par ou pernão?; a missa do galo; o enorme cepo que ardia no largo da aldeia, e onde nos aquecíamos até altas horas da madrugada; o beijar o Menino Jesus na Missa de Natal; os leilões à saída da Igreja, obra das dádivas dos conterrâneos; o fato domingueiro obrigatório aos domingos; os lençóis frios que sentia ao deitar; o borralho quente e solidário nos dias de Inverno; o bafo quente dos animais quando de noite lhes chegava o feno ou a palha triga.
Sei lá ..., um conjunto de sensações e de vivências que me vêm à memória nesta época do ano.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Avaliação Externa da Escola

Corrida diária na preparação de documentos a enviar à IGE para a avaliação externa da Escola.
A leitura e a escrita são relegadas para segundo ou terceiro planos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Cerimónia

No sábado, cerimónia de entrega dos primeiros diplomas aos adultos do Centro Novas Oportunidades com a presença do Secretário de Estado da Educação e outras individualidades.
Hoje, mais uma reunião em Vila Real sobre assuntos relacionados com o Centro e não só.

sábado, 3 de novembro de 2007

O Galinheiro

A Confissão

Era Primavera e o Sol era esplendoroso. O cuco cantava, longe, mas audível. As flores desabrochavam com as suas cores multicolores. A temperatura era agradável. Os terrenos cheiravam a terra lavrada de fresco.
Era tempo de recolhimento e de interiorização – vivia-se a quadra pascal. E um dos mandamentos da Santa Madre Igreja diz que todo o cristão deve confessar-se pelo menos uma vez por ano.
A educação dada aos irmãos Manuel e Mário, pelos seus pais, não era demasiado cristã, mas cumpriam-se as regras básicas que um católico deve ter como baptizado e inserido na comunidade cristã.
Havia então nessa época primaveril a necessidade de as pessoas se prepararem para o dia de Páscoa. Como era costume, nas vésperas de Sexta-feira Santa, havia a Desobriga, a Confissão.
Na tarde de Quarta-feira Santa, o Mário e o Manuel lá saíram de casa em direcção à Igreja. Sentaram-se e prepararam-se espiritualmente para a confissão.
Havia vários sacerdotes espalhados pelos vários locais da Igreja. Um deles, assentara arraiais na sacristia. Passado um tempo saiu de lá uma senhora, que acabara de se confessar. Seguiu-se o Mário. Passados uns instantes este sai e entra o Manuel que se ajoelha junto ao sacerdote que se preparava para o abençoar. Eis quando olha para ele e diz-lhe: “Meu rapaz, ainda agora mesmo te confessei, desanda-me daqui!”. O Manuel, meio embasbacado e atrapalhado, levanta-se, sai da sacristia e ajoelha-se perante o altar principal a rezar a pena que supostamente o sacerdote lhe teria mandado orar. Queria mostrar perante os presentes que se havia confessado, e até tinha uma penitência a cumprir, para se redimir dos seus pecados.
Mais ou menos a meio da Igreja uma tia deles, que se apercebera da rapidez com que o Manuel saíra da sacristia, chegou-se a ele e perguntou-lhe se se havia confessado. Este respondeu-lhe: "O Sr. padre mandou-me embora". Acto contínuo pegou-lhe na mão, entrou pela sacristia adentro, virou-se para o sacerdote e disse-lhe: “Sr. Padre, confesse este menino. Este é outro”.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

O ranking das escolas

Muito se fala dos rankings das escolas.
É sempre muito difícil avaliar esta ou aquela escola com base apenas nos resultados dos exames. Quem somos nós para o fazer, sem termos dados objectivos e concretos do que se faz em cada uma delas e sem termos a menor ideia do tipo de alunos que as frequentam?

Ferreirim

Reunião familiar na aldeia.
Como foi referido por muitos, agora só nos encontramos por razões de falecimentos ou no dia 1 de Novembro.
Apesar de tudo, gosto sempre de ir beber à fonte original.

sábado, 13 de outubro de 2007

A Vaca Moribunda

Fonte: Imagens Google
Corre o ano de 1996. Termino as aulas na Escola Secundária de Vila Pouca de Aguiar.
Depois de uma semana extenuante, com aulas, meto-me no Volkswagen - no "carocha" -, e lá vou eu a caminho de Coimbró, uma aldeia do concelho de Boticas, nos confins do mundo.
Depois de passar por Vidago, subo a Pinho, passo por Boticas, Barragem do Alto Rabagão ...
Antes de chegar à freguesia de Telhado, apercebo-me de que, numa encosta, uma senhora idosa de cajado na mão, grita: "Socorro! Socorro! Salvem-me o animal!" Encosto o carro à berma da estrada. Subo até ao local onde se encontra a senhora, e, aflita, diz-me: "Meu senhor ajude-me. Salve-me a vaca!" Vejo então um enorme animal, de patas para o ar, com os chifres espetados no lameiro lamacento, de focinho para cima, a bofar e com as narinas a espumar. Imagino uns chifres enormes, a comparar com os das outras vacas que pastam ao lado, pachorrenta e descontraidamente no mesmo lameiro, como se nada fosse com elas.
Como posso eu ajudar aquela senhora aflita a ver a sua vaca presa ao solo? Se me aproximo do animal, ainda se levanta e dá-me umas cornadas, e acabo por ficar pior do que ela. Se não faço nada, não sei o que lhe poderá acontecer!". Mas eis que tenho um ímpeto de coragem: aproximo-me; agarro os cornos do quadrúpede com ambas as mãos; puxo com a máxima força que tenho; e consigo libertar o animal daquela prisão. Ao mesmo tempo penso: " Agora só me resta fugir!". Mas não. O animal levanta-se muito a custo, cambaleia, tateia o solo, até que se põe direito e fino como os demais. Afinal eu escuso de ter receio. O animal está cansado e agradecido por ter sido salvo daquela situação tão desagradável.
Despeço-me da velhota, que me agradece por lhe ter salvo a vaca. Meto-me no "carocha" e lá vou em direcção a Coimbró buscar a Maria para mais um fim de semana em Chaves.

sábado, 6 de outubro de 2007

A Operação

Fonte: Imagens Google

Depois das aulas da manhã, no Liceu Latino Coelho, em Lamego, Manuel e Mário dirigiram-se para casa, depois de descerem as ruas de Almacave e da Olaria.
Já nas aulas, o Manuel começara a sentir-se mal com dores de barriga. "Talvez fosse fome", comentou para com os seus botões. Mas, durante o almoço, a situação manteve-se, e não conseguiu comer praticamente nada. Um chá para aqui, outro para acolá, mas nada. "Talvez um saco de gelo na barriga lhe faça bem!", opinou a D. Ricardina. Tudo na mesma. As dores continuavam, se é que não tinham aumentado. "Há que levar o rapaz ao hospital!", sentenciou alguém. Transportado o doente ao estabelecimento hospitalar pelo Sr. Maia, dono da casa, e depois de realizadas as respectivas análises, havia que operar urgentemente o paciente. Tratava-se de uma apendicite aguda. E, por volta das 22 horas desse mesmo dia foi operado - o Manuel ainda hoje se recorda de ir deitado na marquesa, meio sonâmbulo, entrar na sala de operações e ver os holofotes por cima dele, que lhe pareciam as estrelas que via na aldeia, à noite. Só que as da sala de operações eram muito maiores e estavam muito perto de si. Enquanto era operado, lá iam falando com ele, mas dores nem vê-las. "Ele há coisas!...", pensou ele. Até que adormeceu e acordou no dia seguinte na cama da enfermaria.
Mais ou menos à mesma hora que o Manuel acorda, entra o Mário no hospital. No corredor, encontra-se com um senhor, de bata. Deduz que fosse médico, pelo estetoscópio que levava ao pescoço. Este, admirado e aos berros, diz-lhe que vá imediatamente para a cama. Podia lá ser tal coisa: "Operado ontem e ele aqui a passear-se pelo corredor! Ai esses pontos que estoiram todos!" Mas o Mário, matreiro, que se apercebeu da confusão que se passava na cabeça do cirurgião, disse-lhe que já se sentia bem.
"Aqui há marosca!" - pensou o médico que o havia operado. Por via das coisas, dirigiu-se ao quarto onde devia estar o recém operado. Aí o encontrou, abatido, branco, a descansar. Ficou aliviado e deduziu que um era a fotocópia do outro.

Mais um livro

O MODO FANTÁSTICO e A Jangada de Pedra de José Saramago, de Cristiana Sofia Monteiro dos Santos Pires. A autora nasceu em Chaves, é licenciada em Português-Inglês pela UTAD e Mestre em Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa pela Universidade do Minho. Já leccionou na Escola Secundária Fernão de Magalhães.

Leituras

Leitura da autobiografia de Günter Grass "Descascando a cebola".
Escreve o autor: "Quando é importunada com perguntas, a recordação assemelha-se a uma cebola, que quer ser descascada, para que possa vir à luz aquilo que é legível, letra a letra: raramente de forma unívoca, muitas vezes como escrita em espelho. A cebola tem muitas camadas. Mal é descascada, renova-se. Cortada, provoca lágrimas. Só ao descascá-la fala verdade."

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O Brunheiro

Subida à serra do Brunheiro. É bom ver o filme da nossa vida quotidiana de longe e bem do alto.

domingo, 30 de setembro de 2007

As eleições no PSD

Ontem, quando abri o blog de Pacheco Pereira (clicar aqui), verifiquei que o símbolo do PSD estava de pernas para o ar.

Por vezes, quando não sabemos perder, ficamos de cabeça para baixo.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Estrela de Joana, de Paulo Pereira Cristóvão

Há pessoas que fedem imoralidade por todos os poros do corpo e da alma. Outras há que tentam pôr as coisas no seu devido lugar.

domingo, 23 de setembro de 2007

Ida a Guimarães

Ontem, visita à cidade berço.
As novas estradas ajudam-nos muito nestas andanças e araganças.

Sedielos

A mulher colocada nas faldas do Marão, em Sedielos, concelho de Peso da Régua.
Prevê-se um ano lectivo mais atribulado, familiarmente falando. Há ainda a registar os efeitos colaterais.

sábado, 15 de setembro de 2007

Penedono



De visita à terra dos Magriços, passagem por Chosendo onde captei esta imagem.

penedono

Ferreirim

Retorno à aldeia e ao cemitério.
Os vivos, já poucos conheço; os mortos, trazem-me recordações. Só a natureza se mantém inalterável.

sernancelhe



Serra da Lapa

De manhã, travessia da serra da Nave, que Aquilino Ribeiro calcorreou anos e anos.
Depois de passar pela antiga "Barrelas" e por Soutosa, visita à Igreja de N.ª Sr.ª da Lapa.

Soutosa


Busto de homenagem ao autor de Quando os Lobos Uivam.
De seguida, visita ao cemitério onde se encontram os pais, a 1.ª mulher e o 1.º filho de Aquilino Ribeiro.
Talvez Aquilino preferisse regressar às origens do que ser transladado para o Panteão Nacional!

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Aquilino Ribeiro

Há cento e vinte e dois anos (no dia 13 de Setembro, de 1885, dia de St.º Aquilino), nasceu, em Carregal da Tabosa, concelho de Sernancelhe, Aquilino Ribeiro. É baptizado em Alhais, concelho de vila Nova de Paiva e em 1895 vai viver para Soutosa, concelho de Moimenta da Beira. No dia 10 de Julho desse mesmo ano vai estudar para o Colégio da Senhora da Lapa. Em 1900 transita para o Colégio Roseira, em Lamego. Em 1902 vai estudar Filosofia para Viseu. Nesse mesmo ano vai frequentar o curso teológico no Seminário de Beja. Não sentindo vocação para seguir a vida de sacerdócio regressa a Soutosa. Em 1906 vai residir para Lisboa onde é preso por ter guardado dois caixotes de explosivos. Evade-se da esquadra do Caminho Novo seguindo posteriormente, de um modo clandestino, para Paris.
Casa por duas vezes, primeiro com uma alemã, de quem tem um filho, Aníbal, depois com a filha do presidente Bernardino Machado, de quem tem o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado.
Depois de muito viver e escrever morre no dia 27 de maio de 1963, no Hospital da CUF.
É vasta a sua actividade literária. Obras famosas, como Jardim das Tormentas, o Malhadinhas, Terras do Demo, Estrada de Santiago, A Casa Grande de Romarigães, Romance da Raposa, Andam Faunos pelos Bosques, Quando os Lobos Uivam, Um Escritor Confessa-se, e muitas outras, fizeram dele um mestre da literatura portuguesa. Poderá ter uma escrita difícil, mas para quem conhece a Beira, ou melhor, para quem conhece os hábitos e a vida da serra da Nave, compreendê-lo-á e constatará quão importante foi o seu contributo para a língua e a literatura portuguesa.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O drible


As pessoas gostam de se driblar umas às outras, mas não passam disso sem a concretização final, isto é, a marcação do golo.

domingo, 9 de setembro de 2007

Leituras

Acabo de ler "O Português que nos Pariu", uma visão brasileira sobre a história dos portugueses, de Ângela Dutra de Menezes, da Civilização Editora. A autora narra-nos a sua visão da História de Portugal de um modo castiço e com algum bom humor.

Novo ano escolar

Início de mais um ano lectivo. Reuniões e mais reuniões. As acrobacias que faço para me manter em equilíbrio em cima do trapézio.

Transplante

Diz Nicolau Breyner à revista Tabu, do semanário Sol, do dia 5 de Setembro de 2007: "Acho que as pessoas são como as árvores, nunca deviam ser transplantadas". Deve ser por isso que por vezes sinto uma seiva angustiante percorrer-me o corpo; talvez seja castigo por ter renegado o húmus que me deu o ser.

sábado, 1 de setembro de 2007

Visita a Vilar de Perdizes

Visita a Vilar de Perdizes. Lá trouxe uns chás para ver se me ajudam a curar os males do corpo e do espírito.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

O Gode

Quando eu e o meu irmão éramos miúdos, a nossa "praia" era o Gode. O Gode era uma espécie de açude, numa ribeira, com locais profundos e baixos, situado a um quilómetro e meio da aldeia, aproximadamente. Íamos por um caminho com aquelas paredes de pedra típicas da Beira Alta. Em dias de canícula, essencialmente aos domingos, lá íamos nós tomar banho ao Gode. Para que os nossos pais não nos vissem (pois estávamos proibidos por via dos afogamentos) esgueirávamo-nos por entre as paredes para que a nossa mãe não nos visse do terraço. O mesmo fazíamos no regresso. Foi aí que aprendemos a dar as primeiras braçadas de natação (se a isso se podia chamar natação). Gostávamos de apreciar os saltos mirabolantes que alguns dos nossos colegas faziam do alto de um enorme calhau, no local mais profundo, a que nós não nos aventurávamos. Todos andávamos como Deus nos deitou ao mundo. Essa coisa de calções de banho era para os fidalgos, para quem tinha posses, para quem podia ir para as praias da Póvoa do Varzim, da Figueira da Foz ou de Mira. Eram dias felizes, não só pela liberdade que sentíamos, mas também por algum prazer no comportamento cometido de um modo clandestino.
Hoje, vamos para a praia: pomo-nos ao Sol, nadamos, comemos, dormimos, mas nada tem aquele encanto e aquele sabor que tínhamos nessa época.



quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Esta noite vi ...

Esta noite vi ...
Seres disformes cor-de-prata
Vi pássaros voando no ar térreo e empedernido
Vi cavalos pretos rindo-se de cavalos branco-esverdeados
Vi cataratas correndo sobre uma corda
Vi um espelho com o coração aos saltos
Vi cantar um relógio com pés de cabra
Vi um galo bebendo um whisky gelado
Vi uma mulher com os seios enormes e quadrados
Vi a Lua ardendo em chamas que pingavam água
Esta noite vi ...
Uma noite conversando comigo.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Monumento ao 25 de Abril


Passagem por Grândola, para matar saudades.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Monte Gordo

O caso Madeleine levou uma volta.
A justiça (a investigação judicial), por vezes, erra, mas há que continuar a acreditar nas investigações e no desfecho final.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Monte Gordo

Soube do falecimento do Zé. Vêm-me à memória vivências de Grândola e Chaves.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Monte Gordo

Nem a praia me consegue relaxar.
Continuo irrequieto por dentro em busca de mim próprio.

Monte Gordo

Aproveito as férias para pôr algumas leituras em dia: Inés da Minha Alma de Isabel Allende; Viriato de Mauricio Pastor Muñoz; Retórica & Direito de Paulo Ferreira da Cunha e Maria Luísa Malato.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Monte Gordo


Férias, concursos, preocupações, internet, leituras...
Actualmente as "férias" já são de tudo um pouco.
Chegou a globalização!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Coimbra

Passagem por Coimbra em direcção ao Algarve.
Encontro com um colega dos tempos da Faculdade.
É sempre bom vir a Coimbra, estar com os familiares e recordar tempos de estudante.
"O mundo pula e avança" como diz António Gedeão.

sábado, 28 de julho de 2007

Férias

Não é de um momento para o outro que abandonamos as preocupações profissionais do dia a dia e mergulhamos no relaxamento espiritual que nos retempera de novas forças para mais um ano de trabalho.

domingo, 22 de julho de 2007

Sines, antes e depois


"chegaram as máquinas para talhar a cidade que vem
das águas cresce a obra do homem, ouve-se um lento grito d'espuma e suor
na memória ficam os sinais dos bosques ceifados, as dunas desfeitas e algumas casas abandonadas
estenderam-se tubos prateados, onde escorre o negro líquido
lavantaram-se imensas chaminés, serpenteiam auto-estradas na paisagem irreconhecível do teu rosto

onde estão as tâmaras maduras de tuas palmeiras?
e o perfume intenso das flores debruçando-se ao sol?
que murmúrio terão as pedras do teu silêncio?

a memória é hoje uma ferida onde lateja a Pedra do Homem, hirta como uma sombra num sonho
e as aves? frágeis quando aperta a tempestade... migraram como eu?
aonde caminhas, Doce Moura Encantada?
ouço o ciciar dos canaviais dentro do sono, adivinho teu caminhar de beijos no rumor das águas
tuas mãos de neve recolhem conchas, estrelas secretas, luas incendiadas... que o mar esconde na respiração das marés

estremecem-me nas mãos os insectos cortantes do medo, em meu peito doído ergue-se esta raiva dos mares-de-leva"
In Degredo do Sul de Al Berto, da Assírio & Alvim

sábado, 21 de julho de 2007

O Tó Zé

Conheci o Zé em Grândola no ano de 1982. Ficámos amigos. Hoje fui vê-lo ao hospital. Está bastante mal.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Indignação e revolta

Por vezes a indignação e a revolta são necessárias para colocar as coisas no seu devido lugar.

domingo, 15 de julho de 2007

Entrevista de José Saramago ao DN

"Não sou profeta, mas Portugal acabará por integrar-se na Espanha"
(In Diário de notícias, de 15 de Julho de 2007).
Desde a escola primária que sempre me ficou na memória a batalha de Aljubarrota, a governação dos Filipes, o Conde Andeiro, o traidor Miguel de Vasconcelos e outros.

Ida inesperada a Ferreirim

Ontem, sábado, funeral de um primo na aldeia.
A vida é efémera, como efémero foi o encontro com amigos e familiares que já não via há muitos e muitos anos.

sábado, 14 de julho de 2007

"Foi assim"

Acabei de ler Foi assim de Zita Seabra. Muitas cambalhotas damos na vida: às vezes caímos, outras vezes conseguimos manter-nos de pé (falo no plural porque também eu dei algumas, em contextos e por razões diferentes).

domingo, 8 de julho de 2007

Stº António de Monforte



Convívio em Santo António de Monforte.

A Natureza e a História ensinam-nos e ajudam-nos a viver.

"Foi assim"

Leio Foi assim de Zita Seabra. Relato impressionante da vida da autora no tempo da clandestinidade e no pós 25 de Abril.
Leio também Máscaras de Salazar de Fernando Dacosta.
Dois mundos completamente antagónicos, mas que se tocam em muitos aspectos.

sábado, 7 de julho de 2007

07/07/07

Três setes. Dizem que é o número da sorte.
A ver vamos ...

domingo, 1 de julho de 2007

A UE



A partir de hoje, Portugal vai presidir à União Europeia.

Começámos por conquistar território aos mouros. Depois virámo-nos para o mar. Actualmente estamos inseridos na UE. Qual será o próximo ciclo?

sábado, 30 de junho de 2007

Ferreirim

Só aqui consigo ouvir o silêncio.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Leituras

Diário das Minhas Viagens, de Angelina Jolie e Máscaras de Salazar, de Fernando Dacosta. Dois livros muito diferentes, que nos mostram quão diferentes são os seres humanos.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Morte no Líbano

Seis soldados espanhóis mortos no Líbano.
Se é importante morrer pela nossa Pátria, mais importante é morrer pela Pátria dos outros.

domingo, 24 de junho de 2007

Espaço Miguel Torga


Hoje, 24 de Junho de 2007, foi apresentado, em São Martinho de Anta, o projecto Espaço Miguel Torga. Será um centro de interpretação e divulgação da obra torguiana, com biblioteca, livraria, auditório e sala de exposições. Usaram da palavra várias individualidades, entre as quais, Clara Rocha, filha do escritor, e o Primeiro-Ministro José Sócrates. O projecto foi apresentado pelo arquitecto Souto Moura. E, como não podia deixar de ser, houve poesia antes e depois da apresentação.
É sempre agradável visitar São Martinho de Anta e reler o poema A um Negrilho, debaixo do negrilho.

sábado, 23 de junho de 2007

Fábricas da morte

Na China, trabalhadores - deficientes mentais incluídos - dos fornos das fábricas de carvão das províncias de Henan e Shanxi (no Norte) "tinham de pagar 6.50 dólares pelo uso de cobertores, o que justificava a ausência de salário. Eram alimentados a massa, pão e água e obrigados a transportar, em mãos, tijolos ainda quentes. Trabalhavam 14 horas por dia, vigiados por cães. A investigação do caso revelou cumplicidades na polícia e conexões do dono da fábrica com as estruturas locais do Partido Comunista". (in revista Visão, de 21 de Junho de 2007)

Ainda a repetição dos exames de Física e de Química em 2006

O Tribunal Constitucional declarou inconstitucional o regime de excepção criado para os exames de Física e de Química em 2006.
A Sr.ª Ministra da Educação diz que não se arrepende do que fez e que voltava a tomar a mesma decisão. É possível que tenha alguma razão, mas não tomaria essa decisão, se, no decorrer do ano lectivo, fossem dados a conhecer o modelo das provas e os critérios de correcção, para que os docentes e alunos se pudessem preparar, de modo a evitar a grande percentagem de reprovações e consequente situação de desigualdade criada aos alunos que optaram apenas pela 2.ª fase.

domingo, 10 de junho de 2007

Visita ao santuário de Panóias



Este fim de semana, visita ao santuário de Panóias.
Andava há muito para visitar este local. Apenas o conhecia pelo Diário de Miguel Torga.
Aqui, o passado histórico está de tal modo gravado nas três fragas graníticas que ficamos com a sensação de que ainda anda por ali o deus Serápis.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Mahatma Gandhi

No dia 7 de Junho de 1893, Mahatma Gandhi, cometeu o primeiro acto de desobediência civil, quando o revisor de um comboio, na África do Sul, o obrigou a sentar-se - por razões raciais - numa carruagem de terceira classe, quando era detentor de um bilhete que lhe dava direito a viajar num compartimento de primeira classe.
Gandhi libertou a Índia e transformou o mundo com a sua política de não-violência.

Um dia disse: "Tem sido sempre para mim, um mistério, o facto de haver quem se sinta feliz humilhando os outros".

domingo, 3 de junho de 2007

Os pequenos ditadores

Pelo menos uma vez, um pai deve dizer ao filho:"Um dia vais morrer, a vida não é eterna". Também deve dizer: " És muito importante, mas não és mais importante do que eu, nem do que os teus avós, nem do que o teu professor".
(Javier Urra, psicólogo, em entrevista à revista Única de 26/5/07).

Histórias de duas mulheres

Este fim de semana li dois livros: Eu Menti de Virginie Madeira e Brigitte Vital-Durand e Desfigurada de Rania al-Baz.
O primeiro narra a história de uma adolescente que mentiu a uma colega, confessando-lhe que o seu pai tinha "abusado" dela - o que era mentira. Por causa disso, seu pai fora condenado a 12 anos de prisão.
O segundo livro conta a vida de uma jovem, estrela de um popular programa de televisão, desfigurada pelo marido. Mostra-nos como um crime passional se tornou um assunto de Estado. Rania fala-nos, ainda, das questões que a condição da mulher, nos países muçulmanos, levanta.

sábado, 26 de maio de 2007

A participação dos pais na gestão das escolas

Introdução
Ao falarmos, hoje, no novo modelo de gestão das escolas não podemos deixar de falar também no papel que os pais e encarregados de educação podem ter na elaboração do projecto educativo e, por conseguinte, na própria gestão escolar, juntamente com os restantes intervenientes no processo educativo. Hoje, questionamo-nos se a intervenção dos pais nas escolas é ou não útil; interrogamo-nos do motivo da ida dos pais à escola apenas no fim dos períodos lectivos; interrogamo-nos acerca da diversidade cultural dos pais, criando eles próprios estratos sociais que se revelam no sucesso/insucesso dos seus educandos; interrogamo-nos acerca das dificuldades de carácter laboral que os pais sentem quando querem acompanhar os seus filhos e ir à escola. Reflectir sobre este assunto parece-nos de grande importância nos tempos de hoje.

1. Enquadramento legal

Este tema tem enquadramento legal como veremos seguidamente.
Assim, a Declaração Universal dos Direitos do Homem refere que:
a. Toda a pessoa tem direito à educação.
b. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.
A Declaração Internacional dos Direitos da Criança estabelece: “O melhor para o interesse da criança será o princípio orientador para os responsáveis pela sua orientação e educação. Esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar aos pais”.
A nossa Constituição considera que “Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos” (Art.º 36., n.º 5).
O Art.º 67.º da lei fundamental refere no seu n.º 1: “A família, como elemento fundamental da sociedade, tem direito à protecção da sociedade e do Estado e à efectivação de todas as condições que permitam a realização pessoal dos seus membros”.
O n.º 2, c) do mesmo Art.º enuncia que “ [Incumbe ao Estado] cooperar com os pais na educação dos filhos.”
Perante estes normativos verificamos que a colaboração entre os pais e professores é fundamental na educação dos nossos alunos, e que a legislação defende esse direito.
Veremos seguidamente de que modo os pais podem participar na gestão de acordo com o novo modelo de gestão.
A LBSE no artigo n.º 43.º n.º 2 diz-nos que “ o sistema educativo deve ser dotado de estruturas administrativas de âmbito nacional, regional autónomo, regional e local, que assegurem a sua interligação com a comunidade mediante adequados graus de participação dos professores, dos alunos, das famílias, das autarquias, de entidades representativas das actividades sociais, económicas e culturais e ainda de instituições de carácter científico”. E no ponto 2, do artigo 45.º, refere-se ainda que”... a administração e gestão orientam-se por princípios de democraticidade e de participação de todos os implicados no processo educativo ...”.
O novo modelo vem, quanto a nós, reforçar o papel que os pais podem ter na gestão dos estabelecimentos de ensino não superior. Os pais e encarregados de educação podem também ter os seus representantes na assembleia eleitoral que irá eleger os membros do conselho executivo. Têm também a sua representação no conselho pedagógico como órgão de coordenação e orientação educativa da escola, nomeadamente nos domínios pedagógico-didáctico, da orientação dos alunos (art.º 24º do D-L 115-A/98). É importante a referência à “responsabilidade partilhada por toda a comunidade educativa, na valorização dos diversos intervenientes no processo educativo, designadamente professores, pais, estudantes, pessoal não docente e representantes do poder local”. A participação dos pais está garantida nos diversos órgãos, excepto no Conselho Executivo.
Assim, os pais e encarregados de educação podem ter um representante nos conselhos de turma. Há ainda o contributo que os pais podem dar às escolas na elaboração do projecto educativo, do regulamento interno e do plano de actividades. Têm também uma importância enorme (a título individual) na sua relação com os directores de turma, como, aliás, já acontecia nos anteriores modelos de gestão, e o direito que as associações de pais têm para reunir com os órgãos de administração e gestão dos estabelecimentos de educação ou de ensino para acompanhar a sua participação nas actividades da escola, sempre que o julguem necessário.
Segundo o Art.º 12.º do Dec-Lei n.º 6/2001, de 18 de Junho “A escola deve assegurar a participação dos alunos e dos pais e encarregados de educação no processo de avaliação das aprendizagens, em condições a estabelecer no respectivo regulamento interno”.
A legislação mais recente refere que os órgãos de gestão devem assegurar a divulgação dos critérios de avaliação aos encarregados de educação. Indica o papel que os pais e encarregados de educação têm na avaliação formativa e sumativa dos seus educandos e os poderes que têm na revisão das deliberações do conselho de turma.
O Dec.Lei 1/2005, de 5 de Janeiro, afirma que os encarregados de educação intervêm no processo de avaliação dos seus educandos.
O Estatuto do Aluno do Ensino não Superior (Lei n.º 30/2002, de 20 de Dezembro) no seu art.º 6.º, n.º 1 nos diz que “aos pais e encarregados de educação incumbe, (…), uma especial responsabilidade, inerente ao seu poder-dever de dirigirem a educação dos seus filhos e educandos, no interesse destes, e de promoverem activamente o desenvolvimento físico, intelectual e moral dos mesmos”. De entre alguns deveres salientaríamos a articulação entre a educação na família e o ensino escolar; que as famílias devem contribuir para a criação e execução do projecto educativo e do regulamento interno da escola; que devem cooperar com os professores; contribuir para o correcto apuramento dos factos em processo disciplinar; etc.
Focariamos por último o Dec.- Lei n.º 372/90, de 27 de Novembro, que constitui um dos avanços mais significativos de interesse para os pais e encarregados de educação.

2. Autonomia e participação
Para Machado, autonomia significa, em sentido genérico, o poder de se autodeterminar, de auto-regular os próprios interesses – ou o poder de se dar a própria norma opondo-se, assim, a “heteronomia”, que traduz a ideia de subordinação a normas dadas (e impostas) por outrem (1982: 8)[1]. Isto significa que as escolas, não podendo gozar de plena autonomia, gozarão de competências importantes no plano pedagógico e científico, o que implica um certo grau de autonomia nos domínios administrativo e financeiro.
Relativamente ao conceito de participação Santos Guerra (2002:78) ensina-nos que a palavra vem do verbo latino participare que significa tomar parte. E os pais e encarregados de educação devem tomar parte na educação dos seus filhos. Para isso é necessário tomar parte na gestão das escolas. No fundo pais e escolas devem ser parceiros relativamente ao processo de socialização dos alunos. O conceito de participação anda assim associado ao de democracia. Não se pode deixar de ter em consideração os princípios jurídico-políticos que constam da legislação fundamental no estudo da participação duma organização de uma escola. É através desses princípios que se exerce a autonomia nas escolas, referida no Dec.- Lei n.º 43/89, de 3 de Fevereiro: autonomia cultural; autonomia pedagógica; administrativa e financeira.
É através do projecto educativo que se exerce a autonomia nas escolas, e a participação surge como condição fundamental para a definição e desenvolvimento dessa autonomia.

3. A participação dos pais no processo educativo
É importantíssima a participação dos pais nas três grandes fases desse processo: concepção, execução e avaliação.
No entanto, verificamos que não é fácil desenvolver nas escolas uma cultura de participação como refere João Barroso (1995:29).
Hoje, relativamente a este assunto, constatamos que:
- a legislação actual permite que a participação dos pais no novo modelo de gestão seja cada vez maior e de grande relevo no processo educativo;
- aos pais deparam-se-lhes muitos obstáculos em todo este processo: uns, têm a ver com a falta de conhecimentos que grande parte dos pais tem nesta matéria; outros, provenientes da incompatibilidade de horários que há entre os empregos e as escolas e da falta de tempo que os pais têm para com os seus filhos. E isso reflecte-se na escola;
- como afirmam dois autores italianos Franco Ghilardi e Carlo Spallarossa (1989: 75), “não subsiste o perigo de que a colaboração dos pais se transforme em invasão e em motivo de perturbação da actividade didáctica normal? Certamente, como em cada actividade que prevê a colaboração entre pessoas diversas, existem perigos de distorção e de interpretações erradas da própria função. Mas o maior perigo é talvez precisamente o contrário, o de uma comunidade que fala muito da escola, mas que faz pouco para sustentá-la”;
- pensamos que o novo modelo de gestão garante mais direitos aos pais. Mas esses direitos implicam também deveres e muita responsabilidade, sem os quais os objectivos mais promissores não serão alcançados. Com estes mecanismos legais e com associações de pais capazes e actuantes que desenvolvam na escola “uma cultura de colaboração e de participação entre todos os que asseguram o funcionamento da escola”, como afirma João Barroso (1995: 29).
- é fundamental que haja delegados de pais de turma e que se interessem pelos problemas dessa mesma turma;
- de constatar que no ensino secundário muitos dos alunos já são encarregados de educação de si próprios o que afasta em grande parte os pais da escola, interessando-se apenas pelas médias que os filhos devem ter para ingressar no ensino superior.
Vivemos hoje uma crise de valores que se repercute na escola e na educação dos nossos jovens, onde há uma dependência muito forte em relação às actividades lúdicas, como sejam os jogos de computadores, a Internet e a televisão. Os pais, muitas vezes fora de casa, não acompanham o crescimento dos seus filhos e não passam o tempo suficiente com eles. Por isso é fundamental, é urgente que os pais partilhem com os diversos agentes educativos algum poder que a escola lhes oferece, no sentido de termos cada vez mais uma educação que contribua para o desenvolvimento do nosso país. Ensina-nos Mayo, I. C. (1996: 370), que há três condições básicas para assegurar uma boa participação: poder participar, saber participar e querer participar. E isso não está a acontecer nas nossas escolas.
Sobre este tema é elucidativo um texto de Santos Guerra (2002:76) que afirma que “não são muitos os pais e as mães que se associam, faltam perspectivas democráticas na participação (predomina a preocupação pelo filho ou pela filha face aos interesses gerais da instituição), continua-se a participar em questões acidentais (…), deixando à margem as mais importantes”. Diz-nos ainda o mesmo autor que falar de participação na escola é falar de democracia e a participação supõe que o poder deva ser partilhado.
A experiência revela-nos cada vez mais a importância dos pais na gestão escolar. Mas é também fundamental que os pais contribuam em casa para a educação dos seus filhos.

Conclusão
Pensamos que a educação, desde o 25 de Abril, ainda não se encontrou consigo mesma. Os professores e os pais vivem tempos difíceis. Trabalhamos em estabelecimentos onde impera algum laxismo. Aos alunos, no seio familiar, não lhes são incutidos valores de trabalho, de alguma disciplina, de respeito. A escola é um espelho desse ambiente, onde cada vez mais é difícil ensinar e aprender, e onde impera algum facilitismo. Só com trabalho, esforço, disciplina e gosto pelo sucesso é possível melhorar a educação nos nossos estabelecimentos de ensino. Só nesta perspectiva compreendemos a colaboração e a participação dos pais nos órgãos de gestão das escolas.


Bibliografia
BARROSO, João (1995). Para o desenvolvimento de uma cultura de participação na escola. Instituto de Inovação Educacional. Editorial do M. da Educação.
BRITO, C. (1994). Gestão Escolar Participada. Lisboa: Texto Editora.
COSTA, J. A.(1992). Gestão Escolar – participação – autonomia – projecto educativo. Lisboa: Texto Editora.
CUNHA, Adérito.(2004). Reforma do Ensino Secundário. Porto: Edições ASA.
GHILARDI, Franco e SPALLAROSSA, Carlo. (1989). Guia Para A Organização da Escola. Rio Tinto: Edições ASA.
GUERRA, M. A. Santos. (2002). Os desafios da participação. Desenvolver a democracia na escola. Porto: Porto Editora.
MAYO, I. C. (1996). Manual de Organización de Centros Educativos. Barcelona: Edición Oikos-Tau.
TRIPA, M. R. P. (1994) O Novo Modelo de Gestão. Rio Tinto: Edições ASA.
[1] Citado por COSTA, J. A., Gestão Escolar, Texto Editora

sábado, 19 de maio de 2007

Lançamento de mais um livro

No dia 15 de Maio, lançamento de mais um livro: desta vez no Forte de S. Francisco - Culto e Festa de NOSSA SENHORA DAS BROTAS de Chaves. É um trabalho de investigação que vem enriquecer a memória e o património cultural de Chaves, como refere a sua autora Maria Julieta Ruivo.

O último João Semana

Acabo de terminar a leitura do livro Dr. Armando Morais Soares - O último João Semana. Livro muito interessante que, além de ser biográfico, conduz-nos para acontecimentos nacionais e internacionais. Um livro que nos faz recordar acontecimentos passados (antes e depois do 25 de Abril).

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Mais um fim-de-semana

Mais um fim-de-semana. Altura de pôr as leituras em dia:
já se vão apontando alguns dos potenciais candidatos à Câmara Municipal de Lisboa; as buscas no Algarve, relacionadas com o rapto da pequena Madeleine, continuam; a visita de Bento XVI ao Brasil a coincidir com a peregrinação a Fátima; uma entrevista de Eduardo Lourenço na Pública, Retrato do pensador errante; e muitas outras notícias a nível nacional e internacional. Em Chaves, lançamento de mais um livro, desta vez da autoria da Dr.ª Maria Aline Ferreira, Dr. Armando Morais Sarmento, O último João Semana. De vez em quando somos bafejados com surpresas deste tipo, e que muito nos agradam. A Câmara Municipal de Chaves tem apoiado muitos escritores no lançamento das suas obras - honra lhe seja feita.

sábado, 28 de abril de 2007

O grande mercado de rins

"A Índia, afirmando-se como um dos principais destinos para o turismo médico internacional, especialmente no sector dos transplantes de órgãos, é um grande mercado de rins e entrou em fase de expansão. Estima-se que o turismo médico irá atrair um milhão de pacientes estrangeiros e render mil milhões de euros anuais ao país. É, portanto, de esperar um aumento do número de rins transplantados ilegalmente, das empobrecidas zonas rurais indianas para o luxo do primeiro mundo."(in Revista Única do Semanário Expresso do dia 28/04/2007).

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Os fins de semana

Os fins-de-semana ajudam-nos a pôr as ideias no sítio. Durante a semana, corremos ..., corremos ..., e às vezes tropeçamos e estatelamo-nos no chão.

O ego de alguns

Há pessoas que têm o rei na barriga, mas outras têm o rei no umbigo.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

O 25 de Abril de 1974

Também eu vivi intensamente o 25 de Abril de 1974 enquanto estudante em Coimbra. Vivi-o antes, e vivi-o depois. Possivelmente, no futuro, este dia será recordado na História como mais uma data. Sem nos apercebermos, a roda do tempo vai-nos trucidando.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

1.º ensaio

Este é o primeiro ensaio do meu blog.