
Há cento e vinte e dois anos (no dia 13 de Setembro, de 1885, dia de
St.º Aquilino), nasceu, em Carregal da
Tabosa, concelho de Sernancelhe, Aquilino Ribeiro. É baptizado em
Alhais, concelho de vila Nova de Paiva e em 1895 vai viver para
Soutosa, concelho de Moimenta da Beira. No dia 10 de Julho desse mesmo ano vai estudar para o Colégio da Senhora da Lapa. Em 1900 transita para o Colégio Roseira, em Lamego. Em 1902 vai estudar Filosofia para Viseu. Nesse mesmo ano vai frequentar o curso teológico no Seminário de Beja. Não sentindo vocação para seguir a vida de sacerdócio regressa a
Soutosa. Em 1906 vai residir para Lisboa onde é preso por ter guardado dois caixotes de explosivos. Evade-se da esquadra do Caminho Novo seguindo posteriormente, de um modo clandestino, para Paris.
Casa por duas vezes, primeiro com uma alemã, de quem tem um filho, Aníbal, depois com a filha do presidente Bernardino Machado, de quem tem o segundo filho, Aquilino Ribeiro Machado.
Depois de muito viver e escrever morre no dia 27 de maio de 1963, no Hospital da CUF.
É vasta a sua actividade literária. Obras famosas, como Jardim das Tormentas, o Malhadinhas, Terras do Demo, Estrada de Santiago, A Casa Grande de Romarigães, Romance da Raposa, Andam Faunos pelos Bosques, Quando os Lobos Uivam, Um Escritor Confessa-se, e muitas outras, fizeram dele um mestre da literatura portuguesa. Poderá ter uma escrita difícil, mas para quem conhece a Beira, ou melhor, para quem conhece os hábitos e a vida da serra da Nave, compreendê-lo-á e constatará quão importante foi o seu contributo para a língua e a literatura portuguesa.